Não é de hoje que as pessoas jejuam. Esta é uma prática que remonta a história antiga e até características religiosas. Contudo, foi a partir do livro "A dieta dos 2 dias", de Michael Mosley (2013) que o jejum passou a ser popularizado como uma estratégia dietética. Mas, de fato, em que ela consiste?
De modo geral (e existem diversas propostas de método), o jejum intermitente consiste em um programa alimentar que pode conjugar 1) o jejum (a não alimentação) em dias alternados ou 2) a alimentação restrita por tempo que promete a perda de peso em um período curto de tempo.
Porém é importante destacar que existem grupos específicos de pessoas que não possuem, de modo genérico (dependerá de avaliação nutricional) indicação para o jejum intermitente, já que distintos estudos têm demonstrado efeitos negativos associados ao mesmo, como idosos, jovens menores de 18 anos, pessoas sob administração de medicamentos (diversos), pessoas com baixo índice de IMC, pessoas com problemas emocionais ou psicológicos que envolvem alimentos, incluindo qualquer história de distúrbios alimentares.
Portanto, assim como toda estratégia dietética, o jejum intermitente depende de avaliação individualizada para sua indicação, já que possui benefícios mas também pode representar riscos à saúde humana. Após análise clínica e bioquímica (se necessário), o nutricionista pode, sim, fazer a indicação do jejum intermitente, mas não como estratégia central e sim auxiliar, devendo a mesma estar intrinsecamente ligada a um planejamento alimentar de médio e/ou longo prazo.
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