Muito se fala do poder milagroso das dietas detox, mas há algumas ponderações a serem feitas. Então vamos lá... O que são toxinas? São substâncias que podem ser originadas dentro do corpo: provenientes de bactérias ou como produto do metabolismo; ou podem vir de fora: medicamentos, metais pesados, produtos químicos (herbicidas, pesticidas, inseticidas, etc.). O principal “limpador” do nosso corpo é o fígado. Dependemos dele para regular, sintetizar, estocar e secretar diversas proteínas e nutrientes, e também para metabolizar, degradar, purificar, transformar e desprezar substâncias tóxicas ou desnecessárias. Dietas de desintoxicação são estratégias de alimentação populares que prometem facilitar a eliminação dessas toxinas, além de auxiliar na perda de peso. Mas o que é necessário levar em consideração é que, é o fígado, e não os sucos, que faz essa limpeza, sendo a dieta detox, no entanto um mero facilitador. Isso é um fato. Outro fato é que consumir uma dieta à base de líquido e com restrição calórica certamente irá proporcionar uma perda de peso significativa. O que precisa ser analisado é o risco nutricional dessa estratégia, caso seja sem orientação e por um tempo muito prolongado. A restrição de muitos alimentos, sugerindo basicamente o consumo de sopas, sucos e água por alguns dias, pode ser bastante perigosa e causar deficiências nutricionais, além de não haver comprovação científica o suficiente que embase tal estratégia. O que se sabe, na verdade é que a reeducação alimentar, os planos alimentares individualizados elaborados por nutricionistas, seguindo as recomendações nutricionais existentes, com dietas à base de frutas, legumes, vegetais, cerais integrais associada a atividade física proporcionará excelentes resultados de efeito prolongado priorizando assim, o que há de mais importante, a saúde. Fonte: RBNE. Composição nutricional de dietas de detoxificação divulgadas em revistas e em mídia digital não científicas. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
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