O termo microbiota intestinal refere-se aos microrganismos, bactérias, vírus e fungos, que habitam todo o trato gastrointestinal, e tem como função manter a integridade da mucosa, estimular a imunidade inata e consequentemente controlar a sobrevivência de bactérias potencialmente patogênicas.
No que se refere à perda de peso, recentes estudos tem demostrado a modulação instestinal como uma ferramenta promissora para o combate à obesidade. Um experimento realizado pelo cientista Francês, Millian, mostrou que a obesidade está associada às mudanças na quantidade de duas divisões bacterianas dominantes no intestino, Bacteroides e Firmicutes. Observou-se que a Bacteróides estava diminuída em pessoas obesas em comparação com pessoas magras enquanto que a Firmicutes estava aumentada em pessoas obesas. Bactérias Firmicutes são encontradas em maior quantidade no organismo adulto obeso e realizam a fermentação de carboidratos insolúveis - modificação de carboidratos complexos em glicose e ácidos graxos de cadeia curta, ou seja, podem aumentar o acúmulo de gordura.
Chegou-se a conclusão que dietas ricas em gorduras levaria ao desequilíbrio da microbiota e, uma microbiota em desequilíbrio, poderia contribuir para a obesidade. Assim, uma conduta que vem sendo proposta para o tratamento e prevenção da obesidade é garantir uma microbiota equilibrada e um funcionamento intestinal adequado por meio da utilização dos probióticos. Os resultados encontrados, a partir da suplementação com os probióticos no tratamento da obesidade foram: redução do índice de massa corporal (IMC), redução da circunferência da cintura e do quadril, redução do peso corporal e gordura visceral, melhora em relação à resistência a insulina como a diminuição da hiperglicemia, redução de citocinas pró-inflamatórias, alteração positiva em relação às lipoproteínas como aumento do HDL e diminuição do LDL, além da redução nos níveis de triglicerídeos e colesterol total.
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